O diabetes gestacional é considerado uma situação de gravidez de alto risco e pode atingir cerca de 7% das grávidas. O diagnóstico causa muita preocupação à gestante e familiares por tratar-se de uma patologia (diabetes melito) da qual decorre algumas consequências como o alto índice de morbimortalidade perinatal e principalmente macrossomias e malformações fetais.
Por si só, o diagnóstico pode gerar muito medo e ansiedade na gestante e acrescido ao tratamento que estabelece uma série de mudanças na rotina, hábitos, alimentação da mulher entre outras mudanças, o momento pode tornar-se muito estressante.
Mas o que é o Diabetes Gestacional?
O Diabetes Gestacional é o quadro de intolerância à glicose na gravidez. Uma das causas, pode estar relacionada à uma alteração funcional da insulina, provocada ou impedida pelos hormônios da gravidez e quando isso ocorre, os níveis de glicose (açúcar) podem aumentar no sangue da gestante, caracterizando o Diabetes Gestacional.
Como a Psicologia pode auxiliar no tratamento do Diabetes Gestacional?
O tratamento adequado para essa gestante diabética, deve contar com diferentes especialidades médicas, nutricional, educação e tratamentos físicos e não menos importante, o cuidado emocional. Os atendimentos vão buscar propiciar uma gestação tranquila, na tentativa de garantir que mãe e bebê estejam saudáveis e seguros no momento do parto e pós-parto.
Já o papel da Psicologia, em especial da Psicologia Perinatal nesses casos é observar como a gestante está encarando o diagnóstico e emocionalmente o aceitando. Qual o preparo emocional que ela possui, ou precisa desenvolver para a adesão ao tratamento (dietas, exercícios, monitoração, aplicação de insulina, etc). Observar se ela chegou a essa condição organicamente e, descartada essa hipótese, é importante investigar os fatores emocionais. Ex.: se ela desenvolveu um grau de ansiedade que a fez comer compulsivamente ou se está mais depressiva e sedentária etc. Caso a gestante apresente dificuldades para aderir ou estiver sabotando o tratamento, é preciso investigar o histórico emocional também para descobrir as razões e tentar reverter a situação.
Ainda sobre os aspectos emocionais, muitas grávidas se sentem culpadas ou são culpabilizadas e pressionadas por familiares por causa do diagnóstico. Nesses casos, uma das intervenções possíveis é acolher os sentimentos de culpa da gestante, orientar e esclarecer para ela e a família sobre os aspectos orgânicos da doença e os principais recursos e tratamentos, ampliando a compreensão e implicação de todos no cuidado e manejo da situação.
Ouça a seguir os principais apontamentos que faço acerca das possíveis intervenções, acolhimento e atenção aos casos de Diabetes Gestacional.
E você quais as suas dúvidas sobre o Diabetes Gestacional? Estou aqui pare te ajudar!
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Beijos, Raquel.