Empoderamento Pós-Parto: Em busca da sua própria voz

Empoderamento Pós-Parto: Em busca da sua própria voz

Buscar seu poder em relação à maternidade é muito importante. E isso não diz respeito apenas ao parto. No universo da humanização, por vezes, vejo o quanto as mulheres se preparam para o nascimento do bebê, mas não buscam sua voz para depois de sua chegada. 

“Eu quero um filho e eu quero agora”. A maternidade para quem é tentante

tentantes.gravidez

Quando um casal decide ter um filho, o primeiro passo para a gestação é tentar. Os métodos contraceptivos são interrompidos e os dois se relacionam sexualmente com um propósito maior do que anteriormente. Há casais que engravidam já no primeiro período fértil da mulher, que é a fase em que o organismo feminino está mais propenso para a fecundação. Geralmente, ele ocorre entre o décimo e décimo terceiro dia do ciclo contando a partir do primeiro dia em que a menstruação veio. Entretanto, há casais que demoram mais tempo para realizar esse desejo e vivem em meio a expectativas e frustrações. Dentro dos aspectos emocionais, o que é possível fazer durante esse período?

De um modo geral, há uma verdade muito incômoda quando discutimos a questão das tentativas: a espera é complicada. A rotina do nosso dia a dia muitas vezes pede rapidez e praticidade para tudo, e nós acabamos nos acostumando com isso. Usamos diversos recursos tecnológicos que facilitam as nossas necessidades ou resolvem os nossos problemas, e acabamos com uma sensação de que a vida deve transcorrer da mesma forma.

Quando um casal tentante me procura, uma das minhas ferramentas é trabalhar a definição subjetiva do "tempo" com eles. O que é muito tempo para você? O corpo humano também precisa se preparar para a concepção de um outro corpo humano. E, muitas vezes, o nosso organismo não corresponde ao que consideramos ser uma espera adequada ou saudável para as nossas expectativas.

Biologicamente, cada corpo masculino e feminino funcionam de uma forma. Fiz questão de mencionar ambos os gêneros, porque existe o hábito de a mulher sempre procurar o médico primeiro que o homem e tomar a responsabilidade de engravidar para si. É de extrema importância que o parceiro participe das consultas e investigue suas questões de saúde física e emocional também. A responsabilidade de ter um filho deve ser do casal e, diante de um diagnóstico de infertilidade, é o casal que está infértil e é o casal que precisa de ajuda. Hoje em dia, nós possuímos diversos procedimentos que propiciam uma gravidez. É importante o casal trabalhar a relação, andar junto e estar conectado intimamente para viver o que vem pela frente.

Conhecer os seus aspectos biológicos e compreender o funcionamento do seu corpo pode te ajudar a viver essa fase. Priorize buscar informações com o seu médico, evite comparar gestações, e, por último, nunca pense que o seu corpo é falho. Às vezes o que é muito demorado para você, pode ser exatamente o que ele necessita para chegar ao estado físico e adequado para viabilizar a gestação que você precisa e te entregar o bebê que nasceu para ser seu.

Para mais informações, entre em contato comigo. Você também pode baixar o nosso aplicativo "Pré-Natal Emocional", disponível gratuitamente para Android e IOS.

Segundo filho: um amor que também se constrói

Segundo filho: um amor que também se constrói

Por mais que o segundo filho seja desejado, em algum momento, vai bater o medo de não amar tanto quanto ao primeiro. Será que esse pensamento não é mera confusão entre o que é amar de verdade e o que é se apaixonar? É disso que eu quero falar com você hoje, nesse texto. Vem comigo!

Planejamento do parto: o melhor caminho para escolhas seguras e conscientes

Planejamento do parto: o melhor caminho para escolhas seguras e conscientes

As mulheres sabem parir e os bebês sabem nascer, sim, mas também temos todos os recursos para que tudo isso aconteça de forma muito segura, por isso é fundamental a mulher se planejar, para ter informação adequada e fazer as melhores escolhas, que abarquem todo o contexto em que ela está e propicie que seu bebê chegue em segurança até seus braços.

Meu olhar: a atuação da Doula na assistência ao parto.

doula-raquel jandozza

Ser doula, para mim, é um trabalho muito sensível, porque estamos lidando com diversas relações ao mesmo tempo, afinal, nos relacionamos com a equipe, com a instituição, mas a maior e mais importante relação é com a mulher. Quando penso nisso, imediatamente vem à minha mente o significado da palavra doula: “aquela que serve”. E penso que esse não é qualquer serviço. Quando estou servindo a uma mulher, enquanto doula, me preocupo com a finalidade desse meu serviço, que é trazer confiança para aquela mulher em realizar o seu desejo de trazer ao mundo o amor maior da vida dela.

É possível perceber a importância desse papel? A doula não está ali só servindo um chazinho, um rebozo, uma massagem, um óleo cheiroso, um escalda-pés: ela está servindo amor, afeto, confiança e, principalmente, aquele olho no olho que diz “eu acredito em você”. E isso não se vende no mercado, nem na padaria.

O serviço que a doula oferece é difícil, sutil, delicado e, ao mesmo tempo, muito profundo, porque, por vezes, ela se depara com os conflitos mais dolorosos daquela mulher durante a gestação e o trabalho de parto e isso é altamente desafiador.

Durante o trabalho de parto, enquanto a equipe está ali, diante da mulher, com suas técnicas e de olho no protocolo, para cuidar se houver uma necessidade de intervenção, a doula está com a mulher a ajudando a passar pelo momento de maior medo, maior dor, maior angústia, ou maior prazer – dependendo de como ela lida com aquela situação toda.

A doula não ausculta, não faz exame de toque, ela só sente. E sente junto com a mulher. E para que isso dê certo é preciso estar profundamente conectada, a sintonia tem de estar muito forte. Mas, o que isso significa? Significa que é importante sentir junto com essa mulher, ou seja, partilhar os medos e ajudá-la a passar por aquilo. Às vezes, isso pode ser feito por meio de um carinho ou massagem, mas, no fundo mesmo, é só dizer para ela: “estamos juntas, eu estou aqui com você e não vou te deixar e você também não vai se deixar e deixar esse bebê pelo meio do caminho. Por vezes, naquela fase em que é mais dolorosa a contração, a transição, a dilatação, a descida do bebê não há nada que eu faça e que alivie a dor, mas eu sei que a vibração que passo, durante o olho no olho, faz com que aquela mulher receba a mensagem de que ela é mais forte do que imagina ou do que a dor está dizendo para ela.

No final, quando tudo passa, a mulher tem a dádiva de segurar seu filho no colo. Nessa hora eu deixo de existir naquele espaço e apenas observo a conexão daquela mulher que agora encontrou seu verdadeiro par: seu filho. Não há dupla mais pulsante, mas vital que a mãe e o bebê.